Para começar o ano nada melhor que uma gaivota rara, mesmo que esteja algo "cansada". E hoje a Mobelha-grande estava no fosso ao pé dos bombeiros, o que levanta a questão, será a ave do inverno passado que retornou?
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Hoje de manhã eu e o Pedro Ramalho juntámos-nos para mais uma contagem RAM no Cabo Carvoeiro. Com um vento muito pouco favorável para marinhas a manhã foi relativamente calma: 1 Gavia immer 13 Puffinus mauretanicus 1 Puffinus sp. (possível yelkouan) 550 Morus bassanus 2 Phalacrocorax aristotelis 15 Stercorarius skua 62 Alca torda 4 Uria/Alca sp. 1 Fratercula arctica 1 Chroicocephalus ridibundus No molhe-leste encontrámos dois Larus marinus 1º inv. Um deles bastante pequeno, não muito maior que as L. michahellis. Depois de visitarmos o molhe-leste, decidimos ir ver se as A. richardii estavam pelos campos da ETAR, detectámos dois inds, que apesar de não conseguirmos fotos, conseguimos uma gravação do típico chamamento.
Ao percorrermos o prado em busca das A. richardii, levantámos do chão duas Asio flammeus. Postado por: Helder Cardoso
Ontem encontrei em Peniche, perto do porto, uma Gavia immer, este ind, ao que parece já tinha sido observado por outros observadores. Comparativamente com a ave observada em 28 de Novembro de 2012, este ind, apresenta uma plumagem de adulto ou 3cy não nupcial. De acordo com Baker (1993), os juvenis fazem uma muda parcial no final do Inverno, confinada à cabeça, corpo, cauda e coberturas internas na asa. A muda começa em Fevereiro e pode estender-se até Junho. De acordo com Jonsson & Tysse (1992) in Byrkjedal, I, (2011), os juvenis retêm grande parte da coloração de juvenil , na cabeça, conservando a linha difusa entre o preto e o branco. A ave de hoje, ainda que longe foi possível observar que não apresentava qualquer cobertura barrada típica de Juvenis, o que a 18 de Fevereiro ainda se esperaria algumas coberturas por mudar, apresenta também um bom contraste entre a linha do branco e preto na cabeça. Seria necessário uma observação mais próxima para averiguar qual a idade exacta da ave, pelo que uma ave de 3cy não pode ser excluída. Contudo creio que é possível afirmar com alguma segurança que se trata de um ind. diferente do dia 28 de Novembro. Um dado interessante e que pode manter esta ave por perto, é o facto de poder estar a fazer uma muda completa e simultânea das primárias, muda esta que a deixa incapacitada de voar. (Baker 1993). Não consegui observar se a ave estava em muda ou não, o vento forte, a ondulação e a distância, tornavam muito difícil a sua observação. Postado por: Helder Cardoso; Fotos: Helder Cardoso
A observação de marítimas pode por vezes ser frustrante, hoje tinha tudo para ser perfeito, ontem houve um temporal e hoje de manha as previsões eram para vento forte de oeste, parecia portanto o dia ideal para finalmente ver um papagaio-do-mar. E melhor ainda ia ter vários colegas na zona, já que o Rui Caratão, Flávio oliveira e João Morgado vinham para ver as gavias e gaivotas no porto.
Quando me levantei vi logo que estava tudo estragado, não ouvia o vento…nada bom, fui para Peniche, encontrei-me com a malta e em breve tinha-mos relocalizado a mobelha-pequena e o 1º inverno de argentatus, a procura pela mobelha-grande não deu em nada, por isso fomos para o Quebrado tomar café e ver se se passava alguma coisa. Café fechado e nada a passar, do melhor… seguimos para os remédios, a passagem estava minimamente aceitável com algumas tordas, pardelas-baleares e gansos patolas a passarem para sul, e mais interessante 1 cagarra também para sul. Quando já estávamos preste a voltar para o Quebrado para o café eis que aparecem DUAS Mobelhas-pequenas (Gavia stellata), foi muito fixe, um adulto e um juvenil a voar para sul em conjunto, nada mal, mas o pessoal não estava particularmente animado, queriam ver a Gavia immer, afinal já tinham visto uma stellata no porto. Tínhamos combinado ir tomar café com o Vitor e Bruno Maia ao Quebrado, e quando lá chegamos ficamos agradavelmente surpreendidos porque eles tinham acabado de ver uma mobelha-grande em alimentação junto ao bar… Nada mal para uma manha, 4 mobelhas e uma argentatus, preferia ter visto os papagaios, mas fica para amanha! A convite do Thijs, da Fábia e do Bruno, ontem decidi juntar-me a eles para um dia inteiro de espera e desespero para os lados de Sintra. O entusiasmo matinal na viagem de ida não era o mesmo nas caras de desânimo de volta...sem um único rasgo de auriculares brancas (A. hodgsoni). Hoje de manhã eu e o Pedro Ramalho, fizemos de cicerones aos nossos amigos do Sul, assim rumámos a Peniche a fim de "mostrar" as raridades conhecidas locais e ainda encontrámos mais algumas coisas: Cygnys cygnus - continuam na Etar Pastor roseus - continua na rotunda Larus marinus - 1ºinv (molhe leste) Larus argentatus - Ad (molhe leste) Larus argentatus - 1º inv (Cruz dos remédios) Gavia immer - 1 (poss 1ºinv. porto de Peniche) Na lagoa de Óbidos: Mergus serrator: 1 (poss. um dos 2 detectados a semana passada) Larus canus - 1º inv. . Postado por: Helder Cardoso; Foto: Helder Cardoso
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